Elisabeth mostra a qualidade da água das fontes, usada para lavar pratos e roupas.
Moradores do interior sergipano estão
sofrendo com o abastecimento irregular de água pela Companhia de
Saneamento de Sergipe (Deso). Em alguns municípios moradores estão sem
água há aproximadamente 02 anos.
No povoado Malhada das Capelas em Ribeirópolis, a população sofre há
cerca de 5 meses sem água em suas residências. Os moradores que possuem
condições pagam para buscar água nas imediações, e os que não possuem,
usam água das fontes em sua maioria poluída.
"Para o gasto eu estou pagando cinco
reais de cada túnel de 200 litros, e as outras necessidades pego no
tanque, para lavar roupas e pratos", disse a moradora Elizabeth Santana
do povoado Malhada das Capelas.
Na região agreste o problema se estende, no Povoado Arisco em Moita
Bonita, a população reclama que está há dois meses sem o abastecimento
na localidade, devido a uma bomba quebrada.
Em Nossa Senhora Aparecida, moradores do conjunto Cohab e imediações
estão há cerca de 1 mês sem o abastecimento. O morador Tiago Lima, da
Rua José Wilson Meneses, explica que em sua rua não lembra a última vez
em que a água subiu para caixa.
No Alto Sertão o problema intensifica ainda mais, devido à seca que
castiga os sertanejos. Populares dos povoados Caraibeiro, Chunbinho,
Gira Sol e Lagoa do Rancho em Porto da Folha estão há cerca de 2 anos
sem o abastecimento de água, e são supridos provisoriamente por carro
pipa, que não atende toda a demanda de toda comunidade.
Em busca de soluções, moradores procuraram o fórum Cardeal Mindszenty em Porto da Folha, para falar com o Promotor Solano Lúcio sobre as promessas não cumpridas pela Deso de resolver o problema no abastecimento.
Em Carira também no Alto Sertão, a situação é alarmante, moradores do Povoado Bonfim explicam que a água chega apenas uma vez por mês, e a situação se estende a outros povoados e a sede do município.
Em entrevista a emissora de Rádio Educadora de Frei Paulo, o gestor da Unidade Negócios Sertão da Deso, Carlos Anderson Pedreira, informou que existe problemas em algumas regiões decorrentes de más execuções. "Existe situações que foram criadas por um momento político, que o projeto foi executado mal feito tecnicamente", disse Anderson.
Ainda segundo Anserson, nesse momento uma solução provisória é a realização de rodízio manobra, para amenizar o sofrimento dos moradores da região. Já que nesse período de estiagem o consumo triplica, por uma necessidade de um maior uso de água pelos moradores.
Da redação Itnet, Aparecido Santana.